Entre o Bem e o Mal
Era uma tarde como tantas outras, e eu sentia o peso das ameaças dos outros sobre mim. As palavras afiadas vinham como flechas: "Você não serve para nada", "Cuidado, da próxima vez será pior." Às vezes, esses ataques passavam das palavras e se tornavam ações – objetos sumiam, bilhetes ameaçadores surgiam em minha mochila.
Mas, quando tudo parecia insuportável, ele aparecia. Sua presença interrompia as ameaças. "Já chega, vocês estão exagerando," ele dizia, afastando os outros com firmeza. O alívio imediato era inegável, e eu quase me sentia seguro.
Porém, nos dias seguintes, ele voltava, agora sozinho. Sua aproximação era diferente. "Eu te ajudei, não é? Talvez você possa retribuir..." Ele pedia pequenos favores que, com o tempo, se tornaram maiores. Queria que eu emprestasse coisas que me eram importantes, como dinheiro ou pertences que ele alegava precisar por pouco tempo, mas que nunca devolvia.
Essa contradição me consumia. Ele parava as ameaças, mas depois se aproveitava de mim. Era um ciclo de alívio e desconforto que me fazia questionar suas intenções. Eu deveria ser grato? Ou ele era apenas mais um que encontrava uma forma de me usar?
A dúvida continuava me atormentando, e eu percebia que, embora ele fosse diferente dos outros, ainda fazia parte do mesmo jogo. Talvez o maior desafio não fosse entendê-lo, mas aprender a impor limites para proteger a mim mesmo.
A tua compartilha dessa história real pode ajudar os outros a não se sentirem sozinhos nessa situação!
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